RECUPERAÇÃO DO CORAL-DE-FOGO E DAS MICROALGAS NO AQUECIMENTO DOS MARES
Pesquisa Realizada por: Amana Guedes Garrido
Ano: 2018
Linha: Mudanças climáticas e conservação da biodiversidade
Bioma: Marinho Costeiro
Recifes de coral do mundo todo têm sido impactados pelas mudanças climáticas globais. Isso acontece porque o aquecimento da água do mar causa o branqueamento dos corais, que é a perda de suas zooxantelas (microalgas que vivem em seus tecidos e os alimentam) e pode levar os corais à morte se a água se mantiver quente por muito tempo.
A partir da previsão de branqueamento para 2019, começamos a acompanhar a saúde dos corais-de-fogo de Arraial do Cabo e da Armação dos Búzios, RJ. Essa espécie serve de abrigo para diversos animais marinhos, e é bastante afetada pelo branqueamento, apesar de se recuperar rapidamente. Mas por quê? Será que essa capacidade de recuperação tem a ver com as zooxantelas?
Para responder essa pergunta, marcamos colônias de corais-de-fogo nos dois locais e as observamos a cada 15 dias entre fevereiro e julho de 2019. O branqueamento realmente aconteceu, atingindo 90% dos corais marcados, mas apenas 15% deles morreram.
Durante as campanhas, coletamos amostras dos corais para identificar as zooxantelas e sua variação ao longo do tempo. A identificação dessas microalgas será importante para entendermos como elas são afetadas pelo branqueamento e identificarmos tipos resistentes que podem ajudar na recuperação dos corais.
Biografia:
Sou Amana Garrido, aluna do Laboratório de Biodiversidade de Cnidaria, coordenado pela Prof.ª Carla Zilberberg, no Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (NUPEM/UFRJ), e investigo os efeitos de impactos locais e globais sobre a simbiose entre corais e zooxantelas. Sou Bacharel em Biologia Marinha (UFRJ), Mestre em Zoologia (Museu Nacional/UFRJ), doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biologia Evolutiva (IB – UFRJ) e participo das redes de pesquisa do Projeto Coral Vivo, do Projeto ReefBank e do PELD-Ilhas Oceânicas.