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Monitorando aves migratórias de Norte a Sul
O monitoramento de aves migratórias em todo o Brasil é a principal frente de trabalho do CEMAVE/ICMBio. As informações coletadas nessa atividade alimentam diferentes Planos de Ação Nacionais, como o de Aves limícolas Migratórias. Desde 2017 o CEMAVE conta com um incremento de recursos do GEF Mar, o que tornou possível expedições não só em UCs financiadas pelo projeto, como o Parna Lagoa do Peixe (RS), mas também em outras UCs consideradas prioritárias para o monitoramento, como os Parnas da Restinga de Jurubatiba (RJ) e do Cabo Orange (AP). Segundo Danielle Paludo, do CEMAVE de Florianópolis, durante a invernada 2017/2018 a combinação de recursos do GEF Mar e do ARPA permitiu realizar um censo aéreo em todo o litoral do Amapá. Na invernada 2018/2019, o CEMAVE ampliará a área monitorada e usará bandeirolas importadas pelo Projeto Áreas Marinhas e Costeiras Protegidas (GEF MAR), conforme estabelecido pelo protocolo do Programa Pan-Americano para Aves Límicolas (Pan-American Shorebird Program – PASP).
Para facilitar a observação e a identificação de origem das espécies monitoradas, as bandeirolas do PASP têm abas nas quais são impressos códigos alfanuméricos e cores diferentes, de acordo com o país, ou grupo de países, onde as aves são marcadas. Seu tamanho permite visualização à distância com o uso de binóculo de longo alcance, luneta ou máquina fotográfica apropriada.O CEMAVE fornece e controla os códigos utilizados no Brasil e Paraguai, e as aves marcadas nos dois países recebem bandeirolas azuis com códigos na cor branca.
As equipes das UCs monitoradas também participam da geração de dados e por isso têm sido capacitadas pelo CEMAVE para identificar e observar limícolas durante as expedições. Danielle conta que em países como os Estados Unidos, Canadá, Peru, Chile e Argentina, moradores de rotas migratórias também são envolvidos no registro e monitoramento das aves limícolas. “As aves migratórias não ficam o tempo inteiro dentro das unidades de conservação. Elas chegam e saem em grande número, em determinados períodos, por rotas de deslocamento preferenciais. Por isso precisamos conhecer também como usam o entorno das áreas protegidas.” explica ela.