CAMBUÍ E ARAÇÁ: CONSERVANDO E TORNANDO POPULAR

Voltar

CAMBUÍ E ARAÇÁ: CONSERVANDO E TORNANDO POPULAR

Pesquisa Realizada por: Élida Monique da Costa Santos

Ano: 2020

Linha: Conservação manejo e uso sustentável de fauna e flora

Bioma: Mata Atlântica


Nível Acadêmico: Doutorado

Por muito tempo foi pensado que para que houvesse conservação dos recursos naturais, os seres humanos tinham que ser/estar “separados” da natureza. Atualmente, isso vem mudando, de modo que hoje, os seres humanos são vistos como parte integrante do meio ambiente, onde eles têm que cuidar da natureza para que os recursos estejam disponíveis para uso.

A coleta das frutas está associada aos conhecimentos e usos de populações locais e visa atender às demandas de mercados. Esse é um dos grandes desafios na atualidade: gerar renda a partir do extrativismo de modo que seja sustentável a retirada desses frutos. Existem muitas espécies de plantas que servem como alimento para humanos, mas que, de modo geral, ainda não são usadas pela população.

Esta pesquisa estudará duas dessas plantas em Piaçabuçu, no Litoral Sul de Alagoas: o Cambuí e o Araçá. O trabalho será dividido em duas etapas: a primeira, na qual serão realizados estudos em campo sobre: como cada uma dessas plantas se desenvolve na natureza – se demoram a crescer, se produzem muitos frutos – e como é o processo de uso (consumo e venda) dessas plantas envolvendo desde o extrativista (coletor) até o consumidor final.

Na segunda etapa haverá a elaboração de produtos alimentícios, e pessoas que não conhecem essas plantas irão provar os alimentos e atribuir notas para sabor, aparência, cheiro, textura, cor, avaliar se comprariam e se estariam dispostos a pagar por eles.

Sabe-se que o processo de aceitação e disposição a consumir novos alimentos pode ser influenciado por barreiras como a falta de informação, os riscos que sua ingestão pode causar e a neofobia alimentar, que é o medo ou receio de uma pessoa provar um novo, ou desconhecido, alimento. Mas estratégias como associar o novo a algo já conhecido, pode ser uma alternativa para driblar essas barreiras.

 

Currículo Lattes

Biografia:

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Diversidade Biológica e Conservação nos Trópicos (PPGDIBICT), pelo Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde; Mestra em Geografia - Dinâmica Socioambiental e Geoprocessamento (2016) e Graduada em Geografia Bacharelado (2014), ambos pelo Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente, e todos pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Atualmente desenvolve pesquisas com Plantas Alimentícias Não-Convencionais (PANC) com foco em neofobia alimentar e conservação biocultural das PANC, pelo Laboratório de Ecologia, Conservação e Evolução Biocultural (LECEB/UFAL).

Vídeos

Fotos