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Paixão pela ciência: evento reúne bolsistas do FUNBIO no Rio de Janeiro
Fazer ciência – e conservação – em rede. Esse foi o principal tema de um encontro especial entre pesquisadores apoiados pelo Programa Bolsas FUNBIO – Conservando o Futuro baseados no estado do Rio de Janeiro. Realizado no dia 4 de julho na sede do FUNBIO, na capital fluminense, o evento reuniu 12 bolsistas apoiados em diferentes edições do programa. Além deles, a conversa contou com a participação da secretária-geral do FUNBIO, Rosa Lemos de Sá, além da jornalista Ana Lúcia Azevedo, de O Globo, e da influenciadora socioambiental Laila Zaid.
Durante uma tarde de muitas trocas, os jovens líderes da conservação puderam se conhecer, compartilhar suas experiências e aprender uns com os outros. De primatas a larvas de mosquito, do pau-brasil à palmeira-jussara, de corais a abelhas colecionadoras de cheiros e à poluição marinha. Independente do tema da pesquisa, todos os bolsistas tinham uma coisa em comum: a paixão pelo que estudavam e a gratidão pela oportunidade de ir a campo aprofundar sua pesquisa, por meio da bolsa.
“Sei o quanto ter esse apoio e poder ir a campo é fundamental para cientistas, e foi por isso que, em 2018, foi criado o Bolsas FUNBIO. Apoiar jovens cientistas, gerar conexões e essa rede de conhecimento está alinhado com nossa missão de gerar conhecimentos estratégicos para a conservação da biodiversidade”, diz Rosa Lemos de Sá, Secretária-geral do FUNBIO em sua conversa com os bolsistas.
O próprio FUNBIO – que em 27 anos já apoiou mais de 400 projetos de conservação da biodiversidade junto a mais de 300 instituições – pode ser essa conexão e ajudar os pesquisadores a captarem outros apoios e parceiros.
O pesquisador Diego Fonseca, da UFRJ, um dos bolsistas do programa, reforçou o papel estratégico dessa rede para indicar parceiros e editais para ampliar o projeto. “O FUNBIO nos permitiu fazer várias pontes. O próprio Programa de Bolsas nos indicou uma iniciativa que é a Rede Oceano Limpo, que também tem o FUNBIO envolvido, e permitiu que a gente tivesse contato com vários órgãos e instituições aqui do Rio de Janeiro que buscam também trabalhar nesse programa de combate ao lixo no mar”, conta.
O evento também discutiu oportunidades e desafios para comunicação e divulgação científica. Laila Zaid incentivou os bolsistas a falarem de suas pesquisas. Ela usa suas redes sociais (apenas no Instagram são mais de 350 mil seguidores) para falar sobre temas como lixo, mudanças climáticas e consumo consciente.
“Sou uma comunicadora, mas meu conhecimento vem dos cientistas e dos jornalistas. Comuniquem com as ferramentas que vocês têm disponíveis. Comunique mesmo que seja para sua bolha, porque mesmo a partir da sua bolha, isso pode ir se espalhando e chegando em outras pessoas”, destacou a atriz e influenciadora Laila Zaid.
Já a jornalista Ana Lúcia provocou os cientistas a pensarem sempre em como traduzir sua pesquisa para pessoas distantes do universo científico. “Sua pesquisa tem que ter uma utilidade para essa pessoa, nem que seja encantá-la e ela tem que te entender”, reforçou.
Em sua 6ª edição, o Bolsas FUNBIO já apoiou 164 doutorandos e mestrandos, e conta hoje com a parceria do Programa Gustavo Fonseca de Jovens Lideranças em Conservação, criado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). A chamada para a edição de 2023, encerrada em 31 de julho, recebeu 29% a mais de inscrições em relação ao ano anterior.