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Pontos focais do ARPA – diálogo aberto, franco e parceria
Se o ARPA fosse um jogo de baralho, eles seriam a carta curinga: com um olhar holístico, os Pontos Focais fazem a ponte entre os gestores e as estruturas de governança do programa – como o Funbio e a Unidade de Coordenação do Programa (UCP). Membros dos órgãos gestores, eles têm um profundo conhecimento das regras e diretrizes do ARPA, e devem garantir que a execução das atividades na ponta aconteça da forma mais fluida possível.
“Tudo passa pelo Ponto Focal: ele é acionado para checar demandas, autorizar compras ou disseminar entre os gestores as novas estratégias de gestão que vêm de cima”, explica Fábio Ribeiro, gerente do ARPA no Funbio. “É como um guardião da boa execução do programa. Tem que estar atento a tudo e ser um bom articulador”.
É o que faz Gilmar Souza nos últimos seis anos, quando se tornou Ponto Focal do ARPA na Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas (SEMA-AM). “Nós temos um diálogo aberto, franco, de parceria e apoio com todas as instâncias”, afirma.
Amazonense de berço, Gilmar nasceu no município de Eirunepé, num seringal que décadas depois se transformou na Reserva Extrativista Rio Gregório. Mudou-se criança para Manaus, onde formou-se como técnico de contabilidade e também historiador, e trabalhou mais de duas décadas em bancos. Em 2004, resolveu respirar outros ares profissionais, e acabou entrando na SEMA-AM, onde tocou a parte financeira de um projeto de criação e implementação de unidades de conservação, com recursos de doadores internacionais. “Minha história com o meio ambiente começa aí”, conta.
Naquela época, o ARPA também estava em seus primeiros anos, e Gilmar sentiu o programa pela ponta: foi nomeado gestor de uma das sete primeiras UCs apoiadas no estado. Em 2012, saiu da gestão para se tornar Ponto Focal do ARPA no Amazonas.
Dois anos antes, a amazonense Márcia Lins também desembarcava na SEMA-AM, depois de um longo período no Rio de Janeiro. Em terras cariocas ela cursou a faculdade de Direito, mas largou a profissão para trabalhar no departamento financeiro de algumas empresas. Em 2007, foi contratada pelo Funbio para seguir o mesmo caminho, e integrou a equipe que tocava o ARPA. Virou uma especialista no programa. “Saí de lá sabendo todas as regras dos doadores, o que podia e o que não podia”, conta.
Em 2010, algumas questões familiares fizeram Márcia voltar para Manaus, sua terra natal. Foi quando ingressou na SEMA-AM, onde colocou em prática toda a bagagem que tinha sobre o ARPA. Não demorou dois anos para ser convidada a ser Ponto Focal do programa no estado, junto com Gilmar.
A tarefa da dupla não é fácil: o Amazonas é o estado com maior número de UCs apoiadas – são 24, além de cinco que estão em processo de criação. Mas o que é dificuldade às vezes vira desafio. “O Amazonas sempre foi protagonista entre as UCs estaduais, com algumas delas tendo uma execução de destaque no programa. E isso também tem o dedo dos Pontos Focais, que estão ali como apoio”, diz Fábio Ribeiro, do Funbio.
Muito mais do que o dedo, Gilmar e Márcia se colocam de corpo inteiro na tarefa. Entrosados, eles tocam o dia a dia como num afiado jogo de vôlei: um levanta e o outro corta. “O que a Márcia não sabe eu sei, e o que eu não sei pergunto a ela. Trocamos muita figurinha, e nosso ponto de equilíbrio é não deixar que a gestão na ponta fique emperrada”, afirma Gilmar.
Para isso, eles se dividem e se complementam: enquanto Gilmar cuida mais da parte estratégica, representando a SEMA-AM nas reuniões do Fórum Técnico e se articulando com as outras instâncias do programa, Márcia assume a frente mais operacional: senta com os gestores e faz de um tudo para garantir o máximo de apoio a eles. “Damos todo o suporte possível para que eles desempenhem um bom trabalho, pois o programa tem metas a serem cumpridas”, diz.
O cuidado da dupla é tanto que volta e meia os gestores chegam à SEMA pedindo a bênção para Gilmar e Márcia. “Eu sou mais a mãezona, e o Gilmar é o pai: ele bate mais e eu acaricio”, brinca.