Para que todos os esforços de uma pesquisa científica atravessem os limites do campo e dos laboratórios, alguém precisa comunicar essas descobertas. E essa divulgação de dados, resultados e teses pode ser feita pelos próprios cientistas. Em novembro, o FUNBIO promoveu o curso “Comunicação criativa para cientistas”. Sob orientação do Lab37, cerca de 20 pesquisadores do projeto “Conservação da Toninha” trabalharam técnicas para divulgar de modo efetivo os resultados das suas pesquisas.

A bióloga da Universidade Federal do Paraná Liana Rosa era uma das mais empolgadas. Participava ativamente, dava exemplos de experiências vividas nas idas e vindas em busca de informações sobre a toninha, o golfinho mais ameaçado do Brasil.
“Foi uma surpresa pra mim. Não sabia que aprender técnicas de comunicação fosse tão fluido e envolvente. E da forma como foi apresentado, ficou muito fácil de entender como aplicar as técnicas com a aquilo que a gente faz”, contou.

Foram dois dias imersos em pensar estrategicamente, dialogar, criar e aprender ferramentas para melhorar a comunicação de projetos ambientais. Intercalado entre teoria e prática, o conteúdo foi apresentado de uma maneira que os cientistas pudessem compreender a melhor forma de contar suas histórias. Individualmente e em grupo, os participantes compartilharam experiências pessoais e criaram ganchos e escreveram suas narrativas, por meio de exercícios. Ao final do curso, foram apresentados os resultados dos trabalhos realizados.

O Lab37 é uma produtora encabeçada pela jornalista Bia Guimarães, também mestre em Divulgação Científica e Cultural pela Unicamp, e Sarah Azoubel, doutora em biologia e jornalista de ciência. A dupla produz e apresenta o podcast 37 graus, disponível em todas as plataformas de streaming de música.