FISIOLOGIA TERMAL E O EFEITO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS EM LAGARTOS ENDÊMICOS DE RESTINGA
Pesquisa Realizada por: Hugo Andrade
Ano: 2022
Bioma: Mata Atlântica
Nível Acadêmico: Doutorado
As mudanças climáticas podem alterar a dinâmica das populações e existência de diversas espécies no mundo, principalmente, espécies que dependem da temperatura do ambiente para regular seu metabolismo (como os répteis). Assim, entender os limites de temperatura corpórea que essas espécies suportam é crucial para compreender e mensurar os riscos de extinção que elas possuem. No Brasil, alguns estudos têm sido realizados em diferentes biomas, incluindo Mata Atlântica, mas nenhum deles tem dado foco às espécies que são endêmicas do ecossistema restinga. Assim, nosso objetivo é descrever os limites térmicos de quatro espécies, sendo duas delas ameaçadas de extinção, e compreender como as mudanças climáticas devem impactar suas populações ao longo do tempo. Essa pesquisa deve ser determinante para: 1) propor modificação da categorização de ameaça de uma das espécies; 2) propor melhor manejo e conservação das áreas onde elas ocorrem. visto que restingas são altamente impactadas por práticas de desmatamento e incêndios, além da construção de condomínios e rodovias através das áreas onde essas espécies ocorrem; e 3) trazer mais evidências e alertas sobre as mudanças climáticas e seus efeitos na biodiversidade brasileira.
Biografia:
Biólogo licenciado de formação (UFS, 2017), Mestre em Diversidade Animal (UFBA, 2019) e Doutorando em Zoologia pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Hugo tem experiência em estudos sobre história natural, ecologia de comunidades, ecofisiologia térmica e distribuição de répteis da Ordem Squamata. Atualmente, desenvolve um projeto de pesquisa para descrever os limites térmicos de espécies endêmicas de restingas brasileiras e como as mudanças climáticas devem afetar as suas populações.