EFEITO DE OCTOCORAIS NÃO NATIVOS NO ATLÂNTICO SUL SOBRE A BIODIVERSIDADE DE ESPÉCIES BENTÔNICAS E AVALIAÇÕES PARA ESTRATÉGIAS DE MANEJO

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EFEITO DE OCTOCORAIS NÃO NATIVOS NO ATLÂNTICO SUL SOBRE A BIODIVERSIDADE DE ESPÉCIES BENTÔNICAS E AVALIAÇÕES PARA ESTRATÉGIAS DE MANEJO

Pesquisa Realizada por: Lucas Assumpção Lolis

Ano: 2020

Linha: Conservação manejo e uso sustentável de fauna e flora

Bioma: Marinho Costeiro

Espécies exóticas ou não nativas são aquelas que estão ocorrendo em uma localidade devido ao transporte pelo homem para regiões além de suas barreiras naturais atuais de dispersão. Aquelas que se multiplicam muito no ambiente ou tem possibilidade de causar impactos econômicos e ecológicas são frequentemente chamadas de invasoras.

Atualmente, em recifes costeiros da Baía de Todos os Santos, Salvador, espécies de corais moles da família Briareidae e Xeniidae ocorrem como espécies exóticas que não pertenciam a fauna do Brasil. A elevada cobertura de um destes corais (o coral cravo azul – “blue clove polyps”) indica que este se estabeleceu com sucesso e têm se reproduzido e dispersado no ambiente.

Observa-se também que possui grande capacidade de crescer sobre outros organismos bentônicos nativos, como macroalgas, esponjas e ascídias. Os corais moles (ordem Alcyonacea) são assim conhecidos por não depositarem esqueleto de carbonato de cálcio como os corais formadores de recifes.

Diversas espécies são comercializadas no aquarismo, o que pode ter facilitado o fato de que algumas espécies desta ordem já foram introduzidas em outros locais (do oceano pacífico para o Rio de Janeiro e Venezuela). Estes corais moles aumentaram abundância em pouco tempo, e são associados a diferenças de diversidade com locais onde não estão introduzidos.

Estas espécies exóticas se encontram em recifes costeiros, que são ambientes de altíssima biodiversidade e produtividade com grande relevância para conservação. Estes habitats proporcionam locais de desova, refúgio, alimentação e reprodução de muitas espécies ameaçadas e também comercialmente importantes. São também ecossistemas de alta importância para as populações costeiras através de diversos usos e benefícios, como pesca tradicional, turismo, atividades recreacionais.

Paradoxalmente, os recifes costeiros estão entre os ecossistemas mais ameaçados do globo, sofrendo efeito de mudanças climáticas, aumento poluição e superexploração de recursos. A presença de espécies invasores também é um fator importante que causa impactos nestes ambientes que devem ser melhor compreendidos.

Considerando os possíveis impactos ecológicos, sociais e econômicos da presença das espécies exóticas nesse ecossistema costeiro, esta pesquisa tem como objetivo estimar a distribuição e a abundância destas espécies bem como sua relação com a biodiversidade nativa. Além disso, será verificado a viabilidade de diferentes estratégias de manejo para o controle da expansão dessas espécies.

 

Currículo Lattes

Biografia:

Meu nome é Lucas Assumpção Lolis, sou bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Maringá e mestre em Ciências Ambientais pela pós-graduação em Ecologia de Ecossistemas Aquáticos Continentais (UEM). Sempre fui interessado pelos diversos serviços que oferecem os habitats marinhos e a sua conservação. Atualmente realizo doutorado na pós-graduação em Ecologia da Universidade Federal da Bahia, onde estudo ambientes recifais, diversidade de organismos bentônicos, e impactos de espécies exóticas para estes organismos.

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