FLORESTA VIVA

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09/12/2023

Petrobras e BNDES destinam R$ 42 milhões a projetos de restauração ecológica no Cerrado e Pantanal

A partir da esquerda: Nabil Kadri, Superintendente de Meio Ambiente BNDES, Isabel Drago, Gerente Imaflora; Gregório Araújo, Gerente de Reflorestamento e Projetos Ambientais Petrobras, Fabíola Zerbini, Diretora do Departamento de Florestas Ministério do Meio Ambiente e Manoel Serrão, Superintendente de Programas do FUNBIO. Foto: FUNBIO
A partir da esquerda: Isabel Drago, Gerente Imaflora, Gregório Araújo, Gerente de Reflorestamento e Projetos Ambientais Petrobras, Manoel Serrão, Superintendente de Programas do FUNBIO, Nabil Kadri, Superintendente de Meio Ambiente BNDES, Fabíola Zerbini, Diretora do Departamento de Florestas Ministério do Meio Ambiente Foto: FUNBIO
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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Petrobras lançaram, neste sábado (9), durante a COP 28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o novo edital da iniciativa Floresta Viva para apoiar projetos de restauração ecológica para conservação dos biomas Cerrado e Pantanal, abrangendo os estados da Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Serão destinados R$ 42 milhões para até 9 projetos que implementem ações em corredores de biodiversidade que unem fragmentos florestais remanescentes de vegetação nativa, proporcionando o deslocamento de animais e a dispersão de espécies vegetais pela propagação de sementes.

Os projetos terão prazo de execução de até quatro anos e devem propor ações de restauração em áreas de, no mínimo, 200 hectares, sem que sejam necessariamente contínuas, localizadas em qualquer parte desses dez corredores de biodiversidade no Cerrado e no Pantanal:  1) Bacia do rio Jauru, 2) Chapada dos Guimarães, 3) Emas-Taquari, 4) Figueirão-Rio Negro-Jaraguari, 5) Miranda-Bodoquena, 6) Veadeiros-Pouso Alto-Kalungas, 7) RIDE DF-Paranaíba-Abaeté, 8) Serra da Canastra, 9) Sertão Veredas-Peruaçu e 10) Serra do Espinhaço. A iniciativa Floresta Viva prevê a originação de créditos de carbono, ampliando os benefícios do projeto.

“Com a nossa participação no Floresta Viva, reforçamos nosso compromisso com a transição energética justa, incluindo iniciativas socioambientais que contribuem para a conservação do meio ambiente e a mitigação de emissões de gases do efeito estufa. Recentemente selecionamos por meio do Floresta Viva 8 projetos que vão ter investimento de mais de R$ 47 milhões para ações de recuperação em manguezais. Agora, ampliamos nossa atuação para dois dos biomas mais ameaçados no Brasil, o Cerrado e o Pantanal, contribuindo para transformar nosso investimento em retorno socioambiental para o País, com benefícios para a segurança hídrica, a biodiversidade e o clima”, declara Jean-Paul Prates, presidente da Petrobras.

“O BNDES está apostando na restauração ecológica dos biomas brasileiros como uma das formas mais eficientes e econômicas do país responder à crise climática extrema, além de todo o seu impacto socioeconômico e de conservação da biodiversidade. O Floresta Viva é um caso de sucesso, que já inspirou outras iniciativas, como o recém lançado Arco de Restauração da Amazônia, uma iniciativa construída pelo BNDES, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), que destinará R$ 1 bilhão para a reconstrução da floresta”, afirmou Aloizio Mercadante, presidente do BNDES.

“O trabalho do Floresta Viva na restauração ecológica em corredores de biodiversidade para conservação dos biomas Cerrado e Pantanal é fundamental para o Brasil garantir que sua biodiversidade seja protegida e contribua para o equilíbrio climático. É parte da missão do FUNBIO trabalhar em rede para que os benefícios socioambientais da restauração ecológica impactem local, nacional e globalmente toda a população”, disse Rosa Lemos de Sá, secretária-geral do FUNBIO.

O Cerrado é um dos biomas com a maior biodiversidade do planeta, abrigando 5% de todas as espécies no mundo e 30% das espécies do país – muitas delas endêmicas, que só existem nesse ambiente. É também um dos biomas mais ameaçados pelo desmatamento: cerca de 30% de toda a área desmatada no Brasil em 2022 foi em regiões de Cerrado. Reconhecido como o “berço das águas”, por abrigar as cabeceiras de alguns dos maiores rios brasileiros, o Cerrado tem uma relação próxima com o Pantanal, pois é onde nasce o Rio Paraguai, que abastece a planície inundada pantaneira. Assim como o Cerrado, o Pantanal também apresenta uma rica biodiversidade, com mais de 4.700 espécies catalogadas, e encontra-se ameaçado sobretudo pelo desmatamento e pelas queimadas.

Os projetos participantes da seleção pública deverão ser propostos por instituições sem fins lucrativos, como associações civis, fundações privadas ou cooperativas. Mais informações sobre o edital podem ser obtidas no Portal de Chamadas do FUNBIO em: https://chamadas.funbio.org.br/floresta-viva-corredores-de-biodiversidade

A gestão operacional e a condução do edital serão realizadas pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) que tem por objetivo catalisar ações estratégicas voltadas para a conservação e o uso sustentável da diversidade biológica no Brasil.

Sobre o Floresta Viva – A iniciativa Floresta Viva foi desenvolvida pelo BNDES e conta com 20 apoiadores, entre empresas privadas e governos.

Estão sendo mobilizados cerca de R$ 100 milhões do BNDES e da Petrobras para fomentar iniciativas de restauração ecológica em biomas brasileiros, contribuindo para a preservação da biodiversidade, a disponibilidade de recursos hídricos, a remoção de dióxido de carbono da atmosfera, a geração de empregos e renda, dentre outros benefícios socioambientais.

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