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Floresta Viva lança edital de R$ 26,7 milhões para restauração ecológica na Bacia do rio Xingu
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em parceria com a Energisa, Norte Energia e Fundo Vale lançaram nesta terça-feira, 5, em Belém, edital no âmbito do programa Floresta Viva que destinará até R$ 26,7 milhões em recursos não reembolsáveis para projetos de restauração de áreas degradadas e fortalecimento de cadeias produtivas da bacia hidrográfica do Xingu, na região amazônica.
Para o edital Xingu, cada uma das empresas parceiras contribuiu com R$ 4,45 milhões, e como parte de um cofinanciamento, o BNDES igualou esse valor, que resultou no apoio total de R$ 26,7 milhões.
O edital, que será executado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) foi lançado em cerimônia realizada, nesta terça-feira, 5, no Teatro Estação Gasômetro, em Belém (PA).
“No edital Xingu, levamos em consideração o contexto socioeconômico e cultural da região, conciliando os benefícios ecológicos e de manutenção dos serviços ecossistêmicos com a geração de emprego, renda e segurança alimentar para as populações locais. Além disso, a ação contribui para a redução da pressão de degradação sobre a vegetação natural”, revelou Tereza Campello.
Serão apoiados até nove projetos distribuídos em três regiões principais: Baixo Xingu; Médio Xingu e Alto Xingu, que perpassam os estados do Pará e Mato Grosso. Para isso, o edital define três metas específicas relacionadas à elaboração e aprovação de diagnóstico e plano de restauração; implementação e monitoramento do plano de restauração e fortalecimento das cadeias produtivas associadas à restauração das áreas selecionadas. O prazo para execução dos projetos é de até 48 meses.
Instituições sem fins lucrativos, como associações civis e fundações privadas nacionais e cooperativas em qualquer grau de constituição podem participar do edital. Os interessados devem enviar suas propostas até o dia 6 de novembro, por meio de formulário eletrônico, disponível no site: https://chamadas.funbio.org.br/floresta-viva-restauracao-bacia-do-rio-xingu.
Para o diretor presidente da Norte Energia, Paulo Roberto Ribeiro, o Floresta Viva dialoga diretamente com as ações que a empresa vem promovendo na região. “Entendemos que a companhia tem que atuar como desenvolvedora, independente das obrigações do empreendimento. Um dos pilares da estratégia de sustentabilidade da Norte Energia é a Proteção Ambiental da Amazônia, com foco na Bacia do Xingu, rio onde está instalada a Usina Hidrelétrica Belo Monte. Nosso objetivo é investir em projetos que contribuam para a conservação da floresta, promovam o reflorestamento e ao mesmo tempo gere renda para a população local”, ressaltou.
“Nossa adesão ao Floresta Viva representa um grande marco na agenda de restauração e bioeconomia da Vale. A iniciativa se soma às ações que já empreendemos para alcançar nossa meta florestal de 500 mil hectares de conservação e proteção, fortalecendo estratégias que efetivamente preservam a rica biodiversidade da Amazônia. O impacto se amplia consideravelmente quando temos todos esses atores trabalhando juntos”, afirmou Patrícia Daros, Diretora de Soluções Baseadas na Natureza da Vale.
Para a diretora de Gestão e Sustentabilidade do Grupo Energisa, Tatiana Feliciano, a iniciativa é um importante passo para a consolidação dos compromissos ESG da empresa. “Reconhecemos a importância desses projetos nos biomas onde operamos, pois não apenas restauram ecossistemas valiosos, mas também contribuem para nossa ambição de ser uma empresa Net Zero. Além de investir em soluções tecnológicas, o Grupo Energisa está atento em promover soluções baseadas na natureza, entendendo que a combinação de inovação tecnológica com o poder da natureza é fundamental para um futuro sustentável e resiliente”, diz Tatiana.
Corredor de biodiversidade – A bacia do Rio Xingu abrange cerca de 53 milhões de hectares e 50 municípios nos estados do Pará e Mato Grosso. O rio percorre áreas protegidas, como terras indígenas e unidades de conservação, criando um corredor de biodiversidade que conecta biomas, mas enfrenta desmatamento, tendo perdido 730 mil hectares, entre 2019 e 2022.
“A Bacia do Rio Xingu é fundamental para a Amazônia e para o Cerrado, para o clima e para os moradores dessas regiões, o apoio a projetos de restauração promoverá também um grande impacto positivo na socioeconomia da região”, disse Manoel Serrão, superintendente de Gestão de Programas do FUNBIO.
Floresta Viva – Alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), o Floresta Viva contribui para as metas globais de combate e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas ao apoiar projetos de restauração ecológica e preservação da biodiversidade em diferentes biomas. Por meio da iniciativa, o BNDES estima atingir R$ 1 bi em investimentos para restaurar entre 32 mil e 66 mil hectares e retirar até 18 mi de toneladas de CO2 da atmosfera.