Notícias
Com apoio do TAC ALSUB, Rio de Janeiro ganha rede para traçar estratégias contra o lixo marinho
Grupo formado por representantes de órgãos públicos, instituições privadas, academia e terceiro setor reunido para o lançamento da Rede Oceano Limpo. Foto: Isabelle Costa/FUNBIO
Nesta semana, o projeto TAC Almoxarifados Submarinos (TAC ALSUB) deu mais um importante passo para enfrentar os desafios impostos pelo lixo no mar, lançando em parceria com a Cátedra UNESCO para Sustentabilidade do Oceano, vinculada à Universidade de São Paulo, a Rede Oceano Limpo. Assim como o nome já revela, a iniciativa chega para criar no Rio de Janeiro uma verdadeira rede de conhecimento e trocas de experiências para construir estratégias eficazes para combater o problema no estado.
A Rede Oceano Limpo promete reunir diferentes atores, como sociedade civil, academia, governos e instituições privadas, em um efeito chamado ‘bola de neve’: quanto mais pessoas participando e colaborando, mais efetividade e qualidade para subsidiar a criação de políticas públicas voltadas para o combate ao problema.
“O lixo no mar acaba sendo um indicador, um sintoma de que temos um problema na sociedade ligado à produção, ao consumo, de onde vem boa parte da matéria prima que gera esse tanto de resíduos lançados hoje no mar. E isso também tem ligação com a pobreza, que deve ser combatida”, explica Alexander Turra, coordenador da Cátedra UNESCO e professor titular do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo.
O evento de lançamento também teve a participação da gerente de Portfólio do FUNBIO Manuela Muanis, da gerente de Projetos do FUNBIO Laura Petroni, do diretor de Biodiversidade, Áreas Protegidas e Ecossistema do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Leandro Gomes, e da subsecretária de Saneamento da Secretaria Estadual de Ambiente e Sustentabilidade, Jaqueline Alvarenga.
Com mais de 70 pessoas reunidas na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) para o primeiro encontro, a Rede foi além de uma apresentação e lançou mão de atividades para integrar as diferentes partes presentes. Nasceram perguntas, sugestões, elogios para os muitos desafios que virão pela frente. “A gente espera que essa rede se perpetue para além do TAC ALSUB. A partir de janeiro teremos vários projetos apoiados pelo TAC ALSUB, com foco em pesquisas científicas, trabalho de educação ambiental para subsidiar e incrementar essa rede”, comenta Laura.
Este trabalho foi elaborado com recursos do Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta celebrado entre o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro e a Petrobras, com a interveniência do FUNBIO, no âmbito do Inquérito Civil nº 1.30.001.000486/2019-08. O FUNBIO atua como executor do TAC Almoxarifados Submarinos.
Mais sobre o TAC ALSUB
O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) Almoxarifados Submarinos foi assinado em 2021 pelo Ministério Público Federal e mobilizará até 2025 cerca de R$ 20 milhões em ações ambientais no estado do Rio de Janeiro. As iniciativas incluem consolidação de unidades de conservação, investimento em pesquisa marinha e conservação da biodiversidade, produção sustável, entre outros.