Foto: Thales do Carmo/FUNBIO
O Programa COPAÍBAS – Comunidades Tradicionais, Povos Indígenas e Áreas Protegidas nos biomas Amazônia e Cerrado foi firmado em 2020 e desenhado para ser desenvolvido ao longo de 6 anos. Tem como objetivo contribuir para a redução do desmatamento, por meio do apoio a estratégias que promovam a conservação de florestas e áreas de vegetação nativa na Amazônia e no Cerrado, resultando também em melhores condições de vida para populações tradicionais e povos indígenas.
O COPAÍBAS é um programa de execução do FUNBIO, viabilizado por recursos da Iniciativa Internacional da Noruega para Clima e Florestas – NICFI, por meio do Ministério das Relações Exteriores da Noruega.
A divisão do programa em quatro componentes é parte da estratégia. O primeiro propõe o fortalecimento de Unidades de Conservação (UCs) estaduais do Cerrado, com a consolidação de 21 UCs, o aprimoramento da capacidade de gestão, a promoção do uso público e o apoio à implementação de iniciativas de manejo integrado do fogo.
O segundo componente almeja apoiar atividades de fortalecimento à gestão territorial e ambiental de terras indígenas, tanto na Amazônia, quanto no Cerrado. Para isso, serão desenvolvidas chamadas de projetos – construídas de maneira participativa, junto a organizações e lideranças indígenas – para o apoio a ações que contribuam para o desenvolvimento e implementação de Planos de Gestão Territorial e Ambiental (PGTAs), de modo a colaborar com o protagonismo, a autonomia e a autodeterminação dos povos indígenas em processos de controle territorial, proteção ambiental e uso sustentável dos recursos naturais.
O terceiro trata de ações voltadas à comunicação para sensibilizar sobre a relevância de temas como a contenção das mudanças climáticas e a importância da conservação da biodiversidade, que enfatiza como a qualidade de vida, e a própria sobrevivência da nossa espécie, estão diretamente relacionadas aos benefícios dos chamados “serviços essenciais” providos – como um ar menos poluído, por exemplo. Aliados a isso, a relevância em promover o uso público das Unidades de Conservação e os produtos da sociobiodiversidade, como a extração da castanha-do-brasil e do óleo de copaíba, que também contribuem para a manutenção da vegetação nativa. O intuito é sempre de construir diálogos e trocas que aumentem o engajamento da sociedade nas questões sobre conservação da biodiversidade e sua relação com as mudanças climáticas.
E o último componente está centrado em fortalecer estrategicamente cadeias de valor e arranjos produtivos locais da sociobiodiversidade nas regiões da Amazônia e do Cerrado, a chamada bioeconomia. As ações previstas são: melhorias na infraestrutura, incentivo ao uso de tecnologias alternativas para sustentabilidade dos recursos naturais, abertura ou consolidação de vendas e mercados, além de incrementos para aumento da capacidade na produção de ativos da sociobiodiversidade, possivelmente a castanha-do-brasil, os óleos vegetais, o açaí, o cacau, o mel e as frutas regionais.
Análises como a realizada pelo Instituto Escolhas, em 2020, estimam em R$ 3,1 bilhões os valores da produção da bioeconomia no estado do Amazonas e mostram que, com aumento nos investimentos, os números podem chegar a R$ 10 bilhões em 10 anos, com um incremento de 60 mil empregos.
ODS
SituaçãoEm Andamento |
Ano início2020 |
BiomaAmazônia, Cerrado |