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07/06/2018

30 anos de muita luta na conservação da nossa Jóia do Atlântico

Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (PE). Foto: acervo ICMBio.
Francicleide de Araújo, professora do Centro Integrado de Educação Infantil Bem-Me-Quer e participante do Projeto Comunidade Escola - ICMBio do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha. Foto: acervo ICMBio
Atividade externa durante curso de interpretação ambiental realizado no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha como parte das comemorações pelos 30 anos da unidade de conservação. Foto: acervo ICMBio.
Participantes do curso de interpretação ambiental realizado no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha como parte das comemorações pelos 30 anos da unidade de conservação. Foto: Patrícia Lindoso.
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O mês do aniversário é setembro, mas os 30 anos do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha ganharam todo o ano de 2018 para as comemorações. Os cerca de 5 mil moradores do Arquipélago têm participação mais do que especial nesta grande celebração e estão no centro de uma série de atividades realizadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com o apoio de parceiros como o Projeto Áreas Marinhas e Costeiras Protegidas (GEF Mar). São ações que visam estreitar os laços dos ilhéus com o parque e a Área de Proteção Ambiental de Fernando de Noronha – Rocas – São Pedro e São Paulo, que também tem sua gestão apoiada pelo GEF Mar.

Professora de educação infantil e moradora de Fernando de Noronha, a professora Francicleide de Araújo faz parte do grupo de 20 educadores selecionados para participar do Projeto Comunidade Escola – ICMBio, formação continuada em educação ambiental que teve sua primeira etapa realizada no mês de maio. “Morar e ser professora em Fernando de Noronha é uma experiência única que exige um olhar minucioso para o meio ambiente e para a necessidade de sensibilizar os alunos para que eles sejam cidadãos que respeitam e protegem o ambiente em que vivem, com melhores condições socioambientais para todos.” comenta.

Até  outubro, os participantes vão levar ações de educação ambiental a estudantes dos ensinos Infantil, Fundamental e Médio de rede pública em Noronha. A criatividade e a colaboração entre Francicleide e seus colegas do Centro Integrado de Educação Infantil Bem-Me-Quer resultaram em ideias como a criação de ecotecas: pequenas bibliotecas feitas com reuso de materiais a serem instaladas em paradas de ônibus.

Segundo Cristiane Menezes Russo, docente Núcleo de Educação Científica da Universidade de Brasília (UnB) que coordena o curso junto com o ICMBio, os professores  “formam uma turma muito qualificada e precisavam apenas de um espaço para criação colaborativa e de sensibilização para usar as unidades de conservação como tema gerador para seu trabalho nas escolas.”

A etapa final, de partilhar o conhecimento, acontecerá em novembro e deverá envolver toda a população local. Para o gestor do ICMBio Noronha, Felipe Mendonça, “O que torna esta experiência especial é que, trabalhando com os professores como foco do processo formativo, estamos ampliando a difusão de conhecimentos e encurtando a distância entre a comunidade e o ICMBio.”

Com o mesmo espírito, o curso de interpretação ambiental realizado pelo ICMBio Noronha em maio aproximou ainda mais guarda-parques e condutores que atuam diariamente no atendimento aos visitantes do parque. Analistas ambientais de diferentes UCs do país foram os instrutores do curso, que trouxe elementos e técnicas para empoderar e tornar os condutores mais conscientes do seu papel.

“A interpretação ambiental é uma forma de conectar quem apresenta o parque a quem recebe as informações. Estabelecer este elo com o morador e o turista também é um desafio” conclui Felipe.

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